División de Ciencias y Artes para el Diseño
Permanent URI for this communityhttps://hdl.handle.net/11191/43
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- A imagem e a palavra como instrumentos de captura de paisagem: Uma experiência brasileira(Universidad Autónoma Metropolitana (México). Unidad Azcapotzalco., 2019) De Siqueira Cavalcanti Veras, Lúcia MariaA transformação das bordas do Cais José Estelita no centro histórico do Recife, cidade do nordeste do Brasil, iniciada em 2003 com a construção de duas torres residenciais de 41 pavimentos, motivou o desenvolvimento dessa pesquisa que buscou extrair de 78 entrevistados –entre arquitetos, legisladores, empreendedores, fotógrafos, cineastas, pintores, escritores e moradores–, a noção de paisagem e os desejos de uma paisagem futura, diante da ameaça à continuidade desta transformação nesta mesma linha de Cais com a possível implantação do Projeto Novo Recife. Apoiando-se em Georg Simmel, Augustin Berque e Anne Cauquelin, entre outros teóricos, tomou-se a Imagem e a Palabra como instrumentos do método de captura da noção de Paisagem. Foram desenvolvidos exercícios de imagem desencadeadores da apreensão pela palavra, sendo as fotopinturas os mais reveladores. Sobre uma paisagem fotografada foram construídas e recriadas 78 paisagens pintadas. Cada paisagem foi compreendida como autorreferência, cada fotopintura como uma ‘autopaisagem’. Das imagens construídas, foi analisada a arquitetura, a linha de borda como espaço público, entre elas o que se considerou mais relevante e a natureza representada pela água e pelo céu. A adoção de um método de captura a partir da imagem que gerou a reflexão também pela palavra, possibilitou a comprovação da hipótese de que determinadas paisagens identificam cidades e que o Cais José Estelita no bairro de São José constitui, por excelência, uma paisagem-postal recifense.