Miradas en movimiento: elementos para una etnografía de la vida pública urbana
Abstract
¿De qué manera acercarse a esos espacios públicos en donde se despliega lo urbano como una forma de vida signada por las interacciones efímeras entre extraños, por la especulación de prácticas, por la exaltación de los sentidos, por situaciones casi siempre imprevistas e imprevisibles? Esta pregunta encierra una problemática mayúscula, relacionada con la dificultad de abordar esa sociedad temblorosa que surge y se visibiliza en las comarcas públicas de las grandes ciudades, entendidas como lugares de acceso general en donde las y los urbanitas aparecen, se muestran entre sí desplegando de manera magistral un conjunto de códigos, de prácticas, de convenciones efectivas a la hora de compartir un mismo espacio- tiempo de manera más o menos fluida. Un reino que también se constituye en el lugar de la acción e interacción y, por ello mismo, en el núcleo de relaciones sociales fragmentarias y huidizas. Este tipo de etnografía es la que ha facilitado el acercamiento a esas formas de vida plena de significados y temblores, visibles en algunos espacios públicos urbanos de Barcelona (España) y de Neiva (Colombia), que ahora se presenta en este artículo. How to approach those public spaces, where the urban is displayed as a way of life marked by the ephemeral interactions between strangers, by the speculation of practices, by the exaltation of the senses, by situations almost always unforeseen and unforeseeable? This question involves a capital problem, related to the difficulty of approaching that a trembling society that looms and is visible in the public districts of the big cities, understood as a place of general access where the urbanites appear, they show each other deploying of a masterful set of codes, practices, and conventions that are effective in sharing the same space-time more or less fluidly. A kingdom that is also constituted in the place of action and interaction and, therefore, in the nucleus of fragmentary and elusive social relations. This type of ethnography has facilitated the approach to those life forms full of meanings and tremors, visible in some urban public spaces of Barcelona (Spain) and Neiva (Colombia), which is now presented in this article. De que maneira abordar os espaços públicos onde o urbano se desenvolve como um modo de vida marcado pelas interações efêmeras entre estranhos, pela especulação de práticas, pela exaltação dos sentidos, por situações quase sempre imprevistas e imprevisíveis? Esta questão envolve uma grande problemática, relacionado à dificuldade de se aproximar dessa sociedade instável que emerge e torna-se visível nos distritos públicos das grandes cidades, entendidas como lugares de acesso geral onde as e os urbanitas aparecem entre si, mostramse implantando de maneira magistral um conjunto de códigos, de práticas, de convenções eficazes no momento ao compartilhar o mesmo espaço-tempo de forma mais ou menos fluida. Um reino que também é constituído no lugar de ação e interação e, portanto, no núcleo de relações sociais fragmentárias e esquivas. Este tipo de etnografia é o que facilitava-se a abordagem dessas formas de vida cheias de significados e tremores, visíveis em alguns espaços públicos urbanos de Barcelona (Espanha) e Neiva (Colômbia), que se apresenta neste artigo.